De acordo com a Pesquisa Game Brasil 2024, 51% dos gamers no país são mulheres. A proporção varia de acordo com o tipo de jogo e plataforma, sendo os jogos mobile, como Candy Crush, Free Fire e Genshin Impact, os preferidos do público feminino atualmente.
Durante muito tempo, o universo gamer foi visto como um território masculino. Mas essa realidade está mudando — e rápido.
A chamada gamer girl ou garota gamer já não é exceção: ela é protagonista. Seja nos celulares, consoles ou PCs, as mulheres vêm ocupando com talento, paixão e presença massiva todas as frentes do mundo dos jogos.
Neste post, você vai entender quem são essas jogadoras, as principais dúvidas do público sobre o assunto e como a presença feminina está transformando o mercado. Confira!
- O que é gamer girl?
- Quem joga mais videogames: homem ou mulher?
- Quem joga mais Free Fire: homem ou mulher?
- Quem é a maior gamer feminina do Brasil?
- Por que as garotas estão entrando cada vez mais no mundo gamer?
- Gamer girl sofre preconceito?
- O que muda no mercado com a presença das garotas?
O que é gamer girl?
Gamer girl é a expressão usada para se referir às mulheres que jogam videogames (no celular, console ou computador) com frequência — seja de forma casual, seja de forma competitiva ou profissional.
As gamers girls podem ser atletas de eSports, participando de campeonatos, bem como criadoras de conteúdo em plataformas como Twitch, YouTube e TikTok. Entretanto, há também espaço para entusiastas, que também marcam presença por meio de engajamento e consumo.
A presença das mulheres em todas essas esferas do setor tem influenciado cada vez mais tendências de mercado e desafiado esteriótipos.
Quem joga mais videogames: homem ou mulher?
Começando pela pergunta básica: afinal, nos dias de hoje, quem joga mais, homens ou mulheres?
A resposta depende da plataforma e da faixa etária, mas os números são cada vez mais equilibrados:
- segundo a Pesquisa Game Brasil 2024, 51% dos gamers no país são mulheres;
- as mulheres dominam nos jogos mobile (como Candy Crush, Free Fire e Genshin Impact);
- homens ainda lideram no PC e consoles hardcore, mas com diferença menor a cada ano;
- em jogos competitivos, como LoL e Valorant, a participação feminina tem crescido muito também.
O cenário mostra que as mulheres já são maioria no universo gamer brasileiro, especialmente em dispositivos móveis. Entretanto, há um jogo em que a presença feminina tem chamado a atenção, principalmente nos conteúdos de diversos influenciadores nas redes sociais, o Free Fire.
Quem joga mais Free Fire: homem ou mulher?
Acredite, essa é uma das dúvidas mais pesquisadas na internet, e faz sentido, principalmente dentro do assunto que tratamos aqui. Free Fire é um dos jogos com maior presença feminina no Brasil, segundo dados da Garena e do DataReportal:
- cerca de 40% dos jogadores ativos de Free Fire são mulheres;
- em regiões periféricas, o público feminino é ainda mais expressivo;
- muitas jogadoras são influenciadoras e streamers famosas, como a Voltan, Babi e Thai.
Ou seja, embora os homens ainda sejam maioria neste game, as mulheres representam uma parcela crescente e muito engajada dentro do jogo.
Quem é a maior gamer feminina do Brasil?
Entre as maiores gamer girls do Brasil, se destacam:
- Voltan (Thaís Matsura): streamer e influenciadora famosa no Free Fire, com milhões de seguidores e campeonatos no currículo;
- Babi (Barbara Passos): ex-pro player da LOUD e uma das pioneiras em popularizar as mulheres nos eSports móveis;
- Cherrygumms (Bianca Lula): CEO da Black Dragons e referência no cenário competitivo de Rainbow Six;
- Camilota XP: apresentadora e influenciadora ligada ao universo dos eSports, games e cultura pop.
Essas mulheres são algumas das representantes mais famosas desse cenário onde a presença feminina no universo gamer chama cada vez mais atenção. Entretanto, existem várias outras gamers importantes na atualidade, muitas delas atuando em nichos do mercado.
Por que as garotas estão entrando cada vez mais no mundo gamer?
Há várias razões para o crescimento do número de jogadores, começando pelo acesso facilitado aos jogos por meio de celulares e internet de alta velocidade.
Entretanto, o que realmente impactou a cena é a maior representatividade feminina nos jogos e na cultura pop, seja nos personagens, seja nas narrativas. Além disso, as redes sociais ajudaram a promover muitas mulheres apaixonadas por games, muitas deles servindo de influência para grandes públicos.
É importante citar também o aumento de iniciativas e debates sobre equidade de gênero em diferentes esferas, o que envolve também iniciativas de empresas, como Riot, Garena e Ubisoft, que ajudaram a promover mulheres nos eSports.
Infelizmente, porém, ainda há muito preconceito no mercado.
Gamer girl sofre preconceito?
Infelizmente, sim. As mulheres ainda sofrem com comentários machistas em chats e lives, sendo ainda comum homens questionando a habilidade das mulheres nos jogos (“joga que nem mulher”).
E isso não se restringe a piadas e brincadeiras. Muitas jogadoras profissionais relatam dificuldade de aceitação em times e campeonatos profissionais, simplesmente por serem mulheres.
Além disso, há muito debate sobre a sexualização excessiva em conteúdos, comunidades e campanhas que promovem garotas gamers, o que pode gerar a impressão de que isso é algo necessário para uma mulher obter destaque nesse universo.
Ainda há muito a ser feito, mas a boa notícia é que cada vez mais jogadoras se unem para criar espaços seguros e respeitosos, e o mercado está reagindo com campanhas mais incisivas e punições mais rigorosas a comportamentos tóxicos.
O que muda no mercado com a presença das garotas?
A presença feminina nos games não é só cultural, é também econômica. O mercado está mudando significativamente, com marcas apostando em novos tipos de produto e nichos voltados para o público feminino.
Jogos com protagonistas femininas nunca venderam tão bem, como Horizon e Tomb Raider. Além disso, cada vez mais empresas buscam influenciadoras mulheres para representarem suas marcas.
As comunidades femininas também estão crescendo e impulsionando eventos, lives e torneios. E a expectativa é que o universo gamer seja cada vez mais influenciado por demandas do público feminino.
A gamer girl é realidade — e está moldando o presente e o futuro dos games. Do mobile ao competitivo, as garotas estão quebrando barreiras, ganhando campeonatos, influenciando milhares e provando que talento e paixão por jogos não têm gênero.

Gestor de conteúdo, redator profissional e especialista em SEO (Otimização para Motores de Busca). Há 8 anos, atuando em home office.